O norte da Europa e toda a região do Reino Unido e Irlanda receberam forte presença dos celtas em sua formação há milhares de anos. Junto neste grupo havia a presença se pessoas especiais chamadas druidas, uma classe de médio-sacerdotes, seres especiais e de destaque entre o povo. Sua importância era tão grande que a sociedade celta tinha três divisões de classe: o rei, os homens e os druidas, sendo que este último tinha mais valor que o próprio rei.
Não é muito simples descrever quem eram estas pessoas e o que elas faziam nesta sociedade, uma vez que podiam ter funções diversas no meio deles. Contudo, podemos afirmar que os druidas eram especiais porque tinham conhecimentos especiais. Estes saberes eram advindos de muitos estudos, solitários ou compartilhados em universidades, ou mesmo saberes de caráter místico, dado pelos deuses.
Os seis tipos de druidas celtas
Para os celtas existiam seis tipos de druidas, com diferentes funções dentro da sua sociedade. Os Brithem agiam como os juízes, percorriam os reinos e resolviam os problemas; os Sencha andavam pelos reinos captando as histórias sobre batalhas e feitos; os Scelaige recebiam as histórias dos Sencha e mesmo que já houve a escrita, eles a passavam adiante oralmente; os Poetas contavam a história ao povo.
Contudo, existiam duas classes de druidas que tinham a responsabilidade de ter e desenvolver o poder místico. Mesmo que muito da sua sabedoria tenha início com os próprios estudos sobre a natureza e os homens, o seu poder sobrenatural que era reconhecido. Os Liang eram a classe médica e curandeira, estudavam por décadas e até mesmo praticavam cirurgia para conseguir a cura. Por fim, os Filid tinham o contato direto com os deuses e se consideravam descendentes deles.
Os druidas como seres dotados de magia
O pouco registro escrito que há sobre eles diz que estas pessoas especiais tinham conhecimento completo e espiritual baseado na Natureza e o culto a ela. A crença druida começa em afirmar que a vida não é linear, ela transcorre como um círculo ou espiral. As vidas espirituais e pessoais deveriam agir em equilíbrio, toda ela emanada da natureza. Os druidas, muito ritualísticos e crentes nas estações do ano, orientavam oito períodos ao longo dele: quatro solares (masculinos) e quatro lunares (femininos), porém todos marcados por cerimônias religiosas especiais.
A sociedade celta não existe mais nos tempos de hoje, mas sua presença cultural e sociológica pode ser sentida em diversas nações. Descendentes de antigos celtas e antigos druidas tentam fazer com que a tradição permaneça através de rituais. Um druida não seguia a uma religião, nem encaravam desta forma, baseavam seu culto no poder da natureza e no amor. Por serem rituais em louvor ao universo e de saberes ocultos para grande parte dos celtas, os druidas se tornarem sinônimos de magia.
O druida mais famoso na história foi Merlin, responsável por conduzir seu povo e seus reis por diversas batalhas. Ele tinha conhecimento pleno sobre a Natureza, sobre o humano, bem sobre o que era sagrado e oculto. Seus feitos foram tão grandes e sua história espalhada por toda Europa, que ganhou registro pelos gregos e romanos. Os druidas não tinham templo, adoravam em meio a floresta, honrando a energia. Hoje, eles agem para que o mundo seja mais puro e respeitado, um lugar equilibrado.