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Cila

Cila era uma belíssima ninfa pertencente à Mitologia Grega, que acabou por se transformar em uma terrível criatura marinha.

Vários gregos se propuseram a contar e registrar as história dessa bela ninfa. A que mais se tem conhecimento é a descrita pelo poeta romano Ovídio em sua obra prima As Metamorfoses. Nela, Ovídio relata que a ninfa Cila encantou o humano Glauco. Esse foi condenado e transformado pelos deuses aquáticos em uma estranha criatura do mar.

Ovídio conta que Glauco tinha uma longa barba verde, quase cinza, ombros muito largos, braços azuis e pernas estranhamente curvadas, que finalizavam em longas nadadeiras – era uma criatura muito próxima do que hoje entendemos como uma sereia.

Glauco se apaixonou pela ninfa Cila e, ao se aproximar dela, sua estranha figura a assustou. Cila ficou tão apavorada com aquele ser que nunca antes havia visto, que fugiu para muito longe. Ovídio narra que a bela ninfa correu pelas águas, passou por rochedos e escondeu-se nas cavernas submarinas, tamanho era o seu desespero. Com isso, Glauco pôs-se a persegui-la. Seu amor pela ninfa Cila era tão imenso e tão devastador que ele a perseguiu por todos os cantos, implorando que ela lhe desse o mínimo de atenção.

Apavorada com a perseguição intensa, a ninfa Cila ouve as súplicas desesperadas de Glauco, mas não cede às suas insistências. Ela dá continuidade a sua fuga de Glauco, desesperado por sua atenção, e, temendo que ele consiga alcançá-la, esconde-se em um lugar impossível e tão inacessível que Glauco jamais conseguiria encontrá-la.

Ainda apaixonado e suplicando pela atenção da jovem ninfa, Glauco continua a procurá-la, sem sucesso. Busca por ela em todos os cantos possíveis, chama pela amada e nada consegue. Com o tempo, Glauco percebe que seu esforço é vão, que sua procura é inútil e reconhece a derrota do amor não correspondido.

Sentindo-se impotente, ele chega à conclusão de que apenas uma poder superior poderia ajudá-lo a conquistar o afeto que tanto busca de Cila. Ainda com o coração ferido, Glauco vai até a ilha de Eeia. Lá morava a feiticeira Circe. Pediu ajuda para conquistar a formosa ninfa Cila e Circe promete ajudá-lo nessa empreitada tão impossível.

Por uma ironia, Circe passa a se interessar por Glauco, percebe naquela criatura estranha algum encanto que Cila não havia observado e, assim, clama por sua atenção. Ainda apaixonado por Cila, Glauco rejeita a poderosa feiticeira Circe, que passa a persegui-lo da mesma maneira como fez a Cila.

Circe põe-se a percorrer todas as redondezas atrás de Glauco. Percorre todos os mares, insistentemente, até que o encontre. Percebendo-se, então, derrotada, ela recorre aos seus poderes em busca de vingança. Circe decide transformar a bela ninfa Cila em uma criatura horrenda. Ela seria tão repulsiva, que Circe duvidava que o amado Glauco ainda haveria de ainda se encantar por ela. Escondida, Circe despeja um poderoso veneno das águas em que a ninfa costumava banhar-se e retorna, feliz pela vingança, para a ilha de Eeia.

Cila mergulha na água envenenada e o feitiço começa a fazer efeito em seu corpo. A formosa ninfa lentamente se transforma em uma criatura horrenda, com feiosos monstros nascendo de seu corpo. Ela chora ao encontro de Glauco, que lamenta, mas, sem a tenra beleza, não a ama mais.

Atordoada, Cila passa a viver no estreito de Messina, aterrorizando os mortais que ali passam.

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