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Bruxas

“Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, elas existem”. Você já deve ter ouvido esta frase muito popular a respeito das bruxas. Alguns podem pensar que se trata somente sobre mais um lenda sobrenatural criada pelas pessoas, mas outras acreditam de verdade em sua existência. A figura mítica atravessou os séculos e se tornou peça chave de momentos da história do mundo, perpassando por vários tipos de rituais e crenças de povo. Por fim, viu sua fama crescer dentro da cultura do entretenimento.

Teorias sobre a origem das bruxas

Não é possível definir um momento certo ou mesmo uma comprovação de origem delas. Entretanto, os primeiros relatos sobre as bruxas remontam os primórdios da humanidade. Isso porque elas eram procuradas para curas de enfermidades ou tidas como deusas e capazes de prover fenômenos.

A primeira teoria sobre a sua origem remontam os tempos neolíticos e seus rituais de cunho simbólicos. Ela foi fundamentada a partir de desenhos encontrados no interior de cavernas deste período. As ilustrações faziam referencias aos rituais de adoração às deusas da fertilidade destes povos primitivos. As sacerdotisas responsáveis por esta adoração eram apontadas como bruxas, que só receberam esta denominação com o advento do cristianismo.

Já a segunda teoria sobre a sua origem é mais recente, tendo como pano de fundo a Idade Média. Como foi um período muito repressivo, principalmente para as mulheres, todas aquelas que demonstravam um pouco mais de conhecimento eram taxadas como tal. As bruxas eram conhecidas aqui como mulheres sábias, igual as do período neolítico, eram procuradas para fins de cura ou para realização de “feitiços brancos”, sem atribuição de maldade.

A perseguição às bruxas, marcadamente pela Inquisição Católica, não fazia distinção entre as mulheres. Oprimiu desde as dedicadas a aplicar seus conhecimentos pelo bem da comunidade, das que realmente procuravam poderem sobrenaturais. Nascida na ignorância, ela dizimou mulheres de todo o tipo. Tanto as que conduziam rituais que envolviam mortes e oferendas às que somente ajudavam com enfermidades comuns.

As características mais marcantes de uma bruxa

A bruxaria não era uma prática exclusiva de mulheres, tendo também homens envolvidos. Entretanto, como ao passo da história as mulheres sempre foram colocadas em níveis inferiores, elas eram as mais visadas. Acreditava-se que elas eram mais passíveis de cometer pecado e quem os cometia era tido como alguém que fizera pacto com o diabo.

Pessoas que tinham um temperamento de sempre estar murmurando, dizendo palavras de baixo calão, ser teimosa e briguenta são algumas características do comportamento das bruxas. Elas trazem sempre um ar de mistério e se posicionam firmemente contra a decisão de figuras masculinas As bruxas preferem os hábitos noturnos, pois seus atos quase sempre são ocultos e o escuro da noite pode ocultá-las.

O cinema hollywoodiano e as representações dos contos de fadas criaram um padrão físico para as bruxas. Entretanto, deve-se lembrar de que esta é somente uma questão cultural, sem de fato refletir a realidade. Dentro deste padrão criado, as bruxas são sempre mulheres brancas que quando novas são vaidosas e quando idosas aparecem corcundas e com sinais como verrugas.

Como as bruxas são vistas hoje

As bruxas acabaram sendo sempre associadas a maldade, mas a sua origem não aponta esta ideia. Elas eram mulheres que tinham o poder e o conhecimento, podendo ou não ter contato com divindades ou demônios. Foi a Igreja que transformou estas mulheres sábias em pessoas excludentes da sociedade e que merecedoras da morte. Elas sempre tiveram várias funções e pertenceram a vários tipos e crenças.

Bruxas existem até hoje, porém estão relacionadas a práticas de rituais ocultos, seja para fins de bondade ou maldade. Muito dos preconceitos contra as mulheres já foram superados e a liberdade para ser e ajudar sua comunidade são legítimos hoje.